Um dia desses, sentada em um caixote de madeira, olhei pra essa imensidão dentro de mim, onde, em outros tempos, existia um jardim secreto, e me dei conta que, com o passar dos tombos, esse lugar se transformou num autêntico campo de batalhas (atenção para a dramaticdade mexicana de quem "vos" fala). Não sabia se cercava tudo com arames farpados ou plantava margaridas, amores perfeitos, rosas de todas as cores, hortênsias azuis, pés de manga, jabuticabeiras, goiabeiras, parreiras e ameixeiras. Bateu vontade de revolver a terra e limpar o rio cheio de entulho pra deixar ele correr de novo em direção ao mar. E se eu abrisse as portas e as janelas da casinha abandonada e acendesse o fogão à lenha para fazer comida de dar gosto e cheiro?
Seria um projeto bastante ousado que me daria um puta trabalho (sorri com a boca torta). Mas a verdade é que se tornaria um lugar muito mais interessante e aconchegante para me sentar sozinha na varanda, apreciar a vista e admirar o céu cheio de estrelas.
Toda essa parafernalha de aparelhos e alarmes (e olha que nem falei da minha armadura medieval), me dão uma segurança e tanto, mas, ao mesmo tempo, me tiram o bem mais precioso que tenho: a espontaneidade!
Toda essa parafernalha de aparelhos e alarmes (e olha que nem falei da minha armadura medieval), me dão uma segurança e tanto, mas, ao mesmo tempo, me tiram o bem mais precioso que tenho: a espontaneidade!
A Elisa (meu EU criança) precisa de sol e terra para brincar, o Duque (meu EU inferior) de espaço para correr e parar de babar tanto no meu pé, John John (meu EU superior) um céu para voar e EU (TODOS nós)um novo amor para viver.
Com licença, tenho um paraíso para reconstruir!
Nenhum comentário:
Postar um comentário