sábado, 2 de outubro de 2010

"Farfalham ligeiras"

Hoje eu acordei com borboletas no estômago. Algumas delas não são minhas, são dos meus amigos que voaram pra Londres, com direito à escala de míseras tres horas em Madrid. ¡Ojalá hagan un viaje de una puta madre!
Quando se tem amigos queridos, a felicidade deles é sua também. E isso não tem nada a ver com livros de auto-ajuda (os quais às vezes faço valer em minha vida numa boa), mas "com vivência", com o prazer, puro e simples, de descobrir e descobrir-se amigo.
Quanto às borboletas que me cabem, as que voltaram, ja´que aquele campo de batalhas está se transformando num belo de um PARAÍSO, estão aqui farfalhando de felicidade por coisa boa que vai acontecer.
E em homenagem à essa intuição, escrevo aqui um poema de Cecília Meireles (que está num contexto mais poético no paraíso citado acima) que encanta a Rubem Alves e a mim também:
"No mistério do Sem-Fim,
equilibra-se um planeta.
E, no planeta, um jardim,
e, no jardim, um canteiro:
no canteiro, uma violeta,
e, sobre ela, o dia inteiro,
entre o planeta e o Sem-Fim,
a asa de uma borboleta."

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